Particelle fermioniche si legano in bosoni e creano collettivi

Un esperimento quantistico svela che le particelle possono formare collettivi dal nulla. I fisici, mediante una trappola laser ultra fredda appositamente progettata, hanno osservato il precursore…

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Examinando o controverso legado de Kobe Bryant

Imani McGee-Stafford

Compreendendo o cinza: examinando o controverso legado de Kobe Bryant

Sou uma mulher negra, jogadora da WNBA e sobrevivente de violência sexual. Nasci e fui criada em Inglewood, Califórnia. Os jogos do Lakers eram uma obrigação, e Kobe era de outro mundo. Era comum gritar “Kobe” quando você dava um pulo desequilibrado para arremessar, não importava se era numa quadra de basquete ou jogando lixo na lixeira da sala de aula. Para dizer a verdade, me sinto quase uma traidora por escrever isto.

Passamos por um bocado essa semana. Vimos nove vidas serem tomadas de nós cedo demais, duas delas sendo Kobe e sua filha de 13 anos, Gianna. No mundo do basquete, jogadores e fãs prantearam, lado a lado, uma lenda. Pranteamos as 18 aparências em jogos das estrelas, os cinco campeonatos e sua atitude de nunca-desista. Pranteamos um ícone cultural, um homem negro que redefiniu agressão e muitos estereótipos que lhe foram colocados.

E há também as sobreviventes de violência sexual, que viram um homem denunciado por abuso louvado em sua morte, e se sentiram silenciadas e ignoradas mais uma vez.

E aí, qual a resposta correta? Quando é cedo demais para falar sobre os erros violentos de um homem após sua morte? Como você equilibra o legado de um herói e vilão? Ao examinar essas questões, primeiro precisamos encarar nossos próprios vieses e posicionamentos.

Eu estava na terceira série em 2003. Muito nova para prestar atenção às notícias e me envolver na história do jovem jogador da NBA que não só foi pego traindo sua esposa Vanessa Bryant, mas também acusado de estupro. Eu só me lembro de pensar “ele fez isso, mas é o Kobe”. Foi uma lição juvenil sobre as políticas do estupro e as consequências — ou falta delas — para homens poderosos.

Alguns dias antes de sua morte, ao me deparar com mais uma notícia elogiando Kobe por promover esportes femininos, especificamente a WNBA, reclamei que ele podia não ser o melhor representante. Eu nunca tivera a oportunidade de conhecer Kobe pessoalmente, então não sabia se seu apoio era genuíno. Uma amiga lamentou comigo o quão injusto era que Kobe não tivera nenhum filho, e na hora respondi irreverentemente “2003”. Disse que era ou ironia divina ou karma. A frase “como pai de meninas” é superutilizada, mas infelizmente é verdade: a maioria dos homens não aprende a valorizar mulheres até que crie uma.

Quando recebi a notícia de seu falecimento, não pareceu real. Me senti culpada por fazer uma piada tão grosseira meros dias antes. Estava incrédula, em choque total, e quando soube que sua filha e outras vidas jovens foram perdidas, comecei a chorar. Tudo pareceu perda demais de uma vez só, injustiça demais, mágoa demais, tudo demais. Quando ouvi as maiores do nosso jogo , Sue Bird e Diana Taurasi, falando sobre seu apoio e interesse genuíno em nossa liga, sofri bastante. Meu coração dói por Vanessa, porque não consigo imaginar perder meu marido e milha filha tão tragicamente e ainda precisar criar três outras crianças. Meu coração dói por suas filhas, que não poderão chorar por seu pai em paz, mas sim compartilhar seu legado e a dor de sua perda com o mundo todo. E eu também fiquei nervosa com Felicia Somnez, repórter do Washington Post, quando ela tuitou a matéria sobre o caso de estupro poucas horas após sua morte. Pareceu uma atuação, uma provocação barata.

Ao mesmo tempo, entendi quão necessário é, principalmente para sua vítima e outras como ela, que não nos esqueçamos. Passei a semana inteira discutindo com família, fãs do Kobe e sobreviventes como eu. Kobe precisaria viver o resto de sua vida como um acusado de estupro por algo que aconteceu quando ele tinha 24 anos? Será que a vítima poderia se desvencilhar da fama de vítima ou acusadora do Kobe tão fácil quando ele pareceu se desvencilhar da fama de acusado? Ele se tornaria o homem que conhecemos e admiramos se aquilo não tivesse acontecido?

No final, creio que a vida de Kobe nos mostra o quão multidimensionais as pessoas são, e como a vida real não cabe na caixas dicotômicas de preto e branco.

A cultura popular e a mídia pintaram predadores sexuais como umas poucas maçãs podres, um perigo estranho, alguns perversos. Porém na realidade as coisas são mais complicadas. 75% das vítimas conhecem seus agressores. Como você lida com o fato de que seu vilão pode ser o herói de outra pessoa? O que alguém precisa dar para a sociedade para que ela o perdoe pelo trauma causado? No caso de Kobe, muitos precisaram apenas de sua proeza sem igual no basquete. Mas para sua vítima, e todas como ela, não é tão fácil perdoar. Não há número de troféus ou elogios públicos que apague nosso trauma, cure nossos pesadelos, sare nossa desconfiança.

Em sua carreira pós- basquete, Bryant se tornou um pai e marido exemplar. Era visto frequentemente ao lado de sua filha Gianna na arquibancada. Frequentava jogos da WNBA e da UConn, ambas as organizações pelas quais Gianna visava jogar. Ele foi técnico do time de basquete de sua filha, e recebeu elogios de todos os pais envolvidos. Ele promoveu o esporte feminino. De fora, ele havia mudado sua personagem, e é possível que tenha feito bem o suficiente pelo mundo para desfazer o dano feito por seu eu de 24 anos.

Parte de mim pensa que talvez ele tenha corrigido sua vida a tempo o suficiente para Deus levá-lo para casa. Espero que as vidas de suas jovens filhas o tenham ajudado a perceber o quão importante o consentimento é e era, mesmo que ele não pudesse admitir em público. Imagino que, apesar de se enxergar no futuro brilhante de Gianna, ele também tenha entendido as realidades do espaço que sua filha negra ocupava.

Entretanto, como sobrevivente de abuso sexual, há coisas que nunca serei capaz de perdoar, e meu agressor é uma delas. Então às vezes parece injusto que um infrator possa seguir adiante com sua vida, ser perdoado, e que tudo seja esquecido. Eu quero que seja lembrado. Quero que meu trauma seja reconhecido. Pode parecer vingança, como o dinheiro que muitas vezes ocupa o espaço entre um sistema judicial incapaz e a verdade. Ou pode parecer silêncio, como novas cidades, novos nomes e recomeços.

Não escrevo isso para caluniar o legado de Kobe, ou causar mais sofrimento a sua família. Mas como vítimas que frequentemente ouvem “agora não, fica quieta”, é essencial que ocupemos espaço. Já que todos estamos enlutados devido à perda de um ícone, creio que devemos permitir que cada um sofra de seu jeito diferente e complicado.

Na verdade, abusadores não são puramente maus como preferimos assumir; muitas vezes, também podem ser amáveis e poderosos. Não podemos combater a cultura do estupro e violência sexual até que reconheçamos que seres humanos são multidimensionais, e que que alguns idolatram figuras que aterrorizam outras pessoas.

Espero que o falecimento de Kobe nos permita olhar para como a cultura do estupro funciona, como a história pode se reescrever para alguns poucos escolhidos, e quão difíceis e complicadas são essas questões.

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